Rochas Ornamentais continuam crescendo e Enivaldo pede apoio do Governo

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Deputado Enivaldo dos Anjos
Deputado Enivaldo dos Anjos

O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) vai voltar a cobrar do Governo do Estado maior atenção para o setor de rochas ornamentais, principalmente em relação aos licenciamentos da indústria, que chegam a demorar anos por falta de pessoal no Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema).

Utilizando dados oficiais do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), o parlamentar lembrou que o setor vive à margem da crise e, ao contrário da maioria dos demais produtos exportados, que vêm apresentando quedas recorrentes no Estado, as chapas polidas de rochas ornamentais registraram crescimento nas vendas para o exterior no primeiro semestre deste ano, somando 447 milhões de dólares à balança comercial brasileira.

Os mercados que mais demandam esses produtos manufaturados, de alto valor agregado, são os Estados Unidos, Canadá e México. “A região Noroeste do Espírito Santo tem o parque tecnológico mais desenvolvido da América Latina no setor de rochas ornamentais, mas isso parece ser ignorado pelos governantes. Inclusive, já passou da hora de ser pensado um esquema de logística mais racional para o transporte dessa produção”, disse Enivaldo.

Desempenho se considerados blocos e chapas, conforme os dados do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), houve uma pequena queda de 1,36% no total exportado no primeiro semestre, mas a grande diferença é que as vendas de produtos manufaturados conseguiram crescer 59%, em se tratando de mármore, e 1,23% em granito.

O setor de rochas ornamentais do Estado, responsável atualmente por 97% das exportações de chapas do Brasil para o exterior, conseguiu mudar ao longo dos anos o perfil da venda de seus produtos: os blocos de mármore e granito estão cedendo espaço às chapas, materiais que chegam a custar cinco vezes mais.

A superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello, explica que esse novo formato de negócios foi pautado em investimentos em máquinas e equipamentos, trazendo mais tecnologia ao processo de beneficiamento das rochas nos próprios parques industriais capixabas. “A maior parte desses investimentos foi feita pelas indústrias do Noroeste do Estado”, disse Enivaldo.

Além disso, Olívia lembra que o setor, depois do impacto com a crise norte-americana – principal comprador das rochas ornamentais brasileiras -, diversificou mercados compradores e buscou ampliar o leque de materiais. “Com a retomada da economia dos Estados Unidos, o segmento está conseguindo ampliar as exportações, mesma com a adversidade brasileira”, lembrou a dirigente.

Apesar dos números positivos, Tirello reforça que, assim como acontece com outros setores ligados ao comércio exterior, o empresariado sofre com a falta de infraestrutura logística no Espírito Santo, principalmente no que diz respeito ao modal portuário. Sem a conclusão das obras da dragagem e derrocagem do Porto de Vitória, processo que se enrola por uma década, muitas empresas estão efetuando as exportações por outros portos brasileiros, aumentando os custos e o transit time das operações.

“O setor capixaba tem capacidade de melhorar ainda mais as exportações. Pena que não depende apenas do empresariado, que vem investindo em tecnologia, mão de obra qualificada e processos”, explicou. Para o deputado Enivaldo dos Anjos, a principal região produtora do Estado, que é o Noroeste, precisa de um projeto de um ramal da Estrada de Ferro Vitória-Minas, passando por Barra de São Francisco, onde deverá ser instalado um “porto seco” para exportar sua produção. “Já existem estudos neste sentido e só falta vontade política”, disse Enivaldo.

(Com informações do ES Hoje)

 

 

 

 

 

 

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