O município de Pancas, a 180km de Vitória, na região Noroeste do Estado, quer recuperar 2.550 hectares de áreas, hoje constando de territórios de Colatina e Baixo Guandu. O questionamento foi levantado por uma Comissão Especial Provisória constituída pela Câmara de Vereadores, a pedido do vereador José Carlos Prata, para rever as questões de divisa do município e que constatou a irregularidade.
De acordo com o vereador, nos trabalhos de campo da Comissão Especial, interpretando a Lei Estadual de 1963, que delimita os municípios do Espírito Santo, foi verificado que áreas pertencentes a Pancas estão hoje sob gestão de Colatina e Baixo Guandu, gerando perdas de receita para o município. Essa área de 2.550 hectares, resultado de levantamentos topográficos, corresponde a 3% do território de Pancas, que é de 83.900 hectares, segundo o IBGE.
“As divisas de hoje estão contidas no Google Earth e no Geobases Online foram interpretadas pela equipe de cartografia do IDAF seguindo as leis estaduais, mas contrariam a lei que criou os municípios”, disse Prata, temendo movimentos visando à criação de uma lei que consolidaria as divisas contidas nos dois sites, que muda as linhas divisórias originais, segundo ele.
No trabalho a comissão constatou também o desvio do curso do córrego Boa Vista, que nasce em Águia Branca e passa por Vila Verde, segundo o vereador, prejudicando a população da localidade de Córrego Boa Vista e outras comunidades.