O mau uso das redes sociais pode causar não apenas uma má impressão, como também levar à demissão. Segundo especialistas, cerca de mil pessoas foram demitidas este ano no Estado por comportamento indevido nas plataformas virtuais.
Caso a prática seja proibida pela empresa, o uso das redes sociais durante o expediente pode resultar até em demissão por justa causa.
Além disso, o advogado trabalhista Adriesley Steves Assis destacou que expressar insatisfação em relação à empresa em que se trabalha, reclamar do salário, falar mal do chefe, dos colegas e dos clientes, por exemplo, leva ao desligamento do funcionário.
O advogado trabalhista Alberto Nemer disse que o mau uso das redes sociais fora do expediente também pode levar à demissão, dependendo do conteúdo e de como ele reflete na empresa.
“Exposição de fotos impróprias ou falar mal de alguém são situações que podem levar à demissão. Nesses casos, nem sempre é por justa causa, mas a conduta do profissional vai contra o comportamento esperado dos colaboradores”, afirmou o diretor da Acroy Consultoria, Elias Gomes.
Por se tratar de um espaço aberto, o CEO da Heach Brasil, EUA e América Latina, Elcio Paulo Teixeira, lembra que, na maioria das vezes, qualquer pessoa tem acesso às publicações no perfil pessoal.
“Por esse motivo, uma publicação mal feita em rede social acaba produzindo uma cicatriz social, pois mesmo que a postagem tenha sido apagada, aquilo já foi visto, compartilhado ou printado. Então, fica gravado para sempre”.
Segundo a psicóloga e diretora da Efetive, Gisélia Freitas, “uma das coisas que mais preocupam empreendedores é a imagem de seus colaboradores. As empresas não querem ter seus nomes associados a profissionais com uma imagem negativa”.
O diretor da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e da Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio), José Carlos Bergamin, aponta que, idealmente, as pessoas deveriam preservar sua privacidade, mas acabam divulgando tudo o que lhes acontece nas redes sociais. “É um grande erro. Muitas pessoas perdem a razão nas redes sociais”.
Fonte: tribunaonline