Deputados estaduais novatos reprovaram o reajuste de 45% nos valores pagos a magistrados e conselheiros

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345Deputados estaduais novatos classificaram como “um absurdo” o reajuste de até 45% no valor das diárias de viagens pagas aos magistrados capixabas. Eles apontaram a queda na previsão orçamentária do Estado para 2015 e os benefícios que a classe já possui como razões que não justificam o aumento.

O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) afirmou que as viagens e diárias deveriam ser cortadas por conta das perdas orçamentárias. “A prioridade da aplicação deveria ser na Saúde, Educação e Segurança. Um deputado, conselheiro ou desembargador ganhar uma diária de R$ 900 é um absurdo”.

“Em um momento de arrocho financeiro no País, todos temos de enveredar esforços para economizar. Porém, o Tribunal de Justiça tem sua autonomia orçamentária e cabe apenas àquele colegiado planejar os seus gastos”, declarou o deputado Sandro Locutor (PPS).

Além dos desembargadores e juízes, os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TC-ES) e os procuradores da Corte também terão direito ao reajuste. Dentro do Estado, uma diária sai R$ 614. Um dia fora do Estado custa R$ 890,78 e uma viagem para fora do País sai a R$ 1.514,32.

Os valores são para cobrir gastos com alimentação, hospedagem e deslocamento. “Primeiro, vimos pagamento de auxílio-moradia de R$ 4.300. Antes, do vale-alimentação de R$ 1.600. Enquanto isso, se anuncia concurso para professor de inglês com salário de R$ 790 a R$ 1.200. Só isso já mostra que há algo de errado”, afirmou o deputado Sérgio Majeski (PSDB).

E ponderou: “A sociedade ganha o quê com isso? Vai melhorar o atendimento? A eficácia?”. O deputado Bruno Lamas (PSB) afirmou que mesmo previsto no orçamento do Judiciário, o valor poderia ser economizado. “Nã o tem como concordar. Em um momento em que o Estado devolve ambulância por não poder mantêlas e faz corte no combustível. A diária é algo a se lamentar.”

O presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM), descartou aumento nas diárias dos parlamentares. Segundo ele, nos últimos dois anos não foi autorizada nenhuma diária para fora do País. Já para as demais localidades, afirmou que o salário do parlamentar, que é de R$ 25.322,05, já é suficiente para cobrir custos.

Fonte: Jornal A Tribuna

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