Água do Rio Doce está imprópria para consumo em 16 pontos em Colatina, diz laudo

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Laudo conclui que a água  está imprópria para consumo
Laudo conclui que a água está imprópria para consumo

Um laudo técnico, divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica nesta terça-feira (26), apontou que a água do Rio Doce está imprópria para consumo. Foram analisados 18 pontos durante a expedição pela bacia e destes, 16 apresentaram o Índice de Qualidade como péssimo e 2 como regular.

O relatório concluiu que a água do Rio Doce está imprópria em todo trecho analisado. A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 12 de dezembro de 2015 durante expedição pelos municípios afetados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais.

Foram coletados sedimentos para análises laboratoriais e a qualidade da água do Rio Doce e seus afluentes foi monitorada. Ao todo, foram percorridos 29 municípios para coleta de amostras de lama e água.

A coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, conta que a condição ambiental do Rio Doce é péssima nos 650 km.

“Em todo o trecho percorrido e analisado por nossa equipe a água está imprópria para o consumo humano e de animais”, observa.

Além disso, o estudo também apontou que a turbidez o total de sólidos em suspensão estão em concentrações muito acima do estabelecido pela legislação.

Segundo a coordenadora, o máximo aceitável é de 40 NTU (unidade matemática usada na medição da turbidez). No entanto, ela variou de 5.150 NTU em Bento Rodrigues e Barra Longa à 1.220 NTU em Ipatinga, Minas Gerais. A variação, segundo a fundação, aumenta gradativamente na região da foz, em Regência, Espírito Santo.

Para Ribeiro, as chuvas acabam arrastando a lama para o leito do rio, aumentando a gravidade do dano ambiental. A coordena frisa que o Rio Doce á apresentava uma condição precária antes do rompimento da barragem e faz um apelo:

“Agora, com base no monitoramento que vem sendo realizado de forma independente pela sociedade e por autoridades, esperamos que seja possível planejar ações de recuperação de médio e longo prazo para a bacia”.

Fonte: gazetaonline

 

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