A educação pública francisquense “sangra” e segue agonizando em meio a uma política educacional desrespeitosa

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45O ano de 2015 não está nada fácil, estamos vivendo um verdadeiro turbilhão na economia e na politica, a crise ética está ganhando aspectos monstruosos e a crise hídrica se transformou em um verdadeiro “mar de preocupação”, pois a seca se alastra em Barra de São Francisco e por todo país.

Quando se pensa que pior não dá para ficar, os alunos e professores de Barra de São Francisco/ES sentem na pele o verdadeiro significado do ditado que desgraça pouca é bobagem, isso porque a Secretaria Municipal de Educação (SEMEC), mais uma vez deixa a desejar com o seu papel de gerir a  educação municipal.

Primeiro foi a adoção do livro Positivo, que de positivo para os alunos não tem nada, esse material anda na contra-mão da qualidade do ensino.

Como se isso não bastasse, houve o aumento do número de alunos por sala nesta administração, lembrando que não existe uma lei que determine a quantidade de alunos por sala, mas a Conferência Nacional de Educação (Conae), ocorrida no início de 2010, aprovou as seguintes quantidades máximas de aluno por turma: 15 para a Educação Infantil; 20 para o Ensino Fundamental; 25 para o Ensino Médio, porém as deliberações da Conae não têm força de lei e, portanto, não são obrigatórias, então tem que haver bom senso por parte da SEMEC, o que não há, com relação à quantidade de alunos, a preferência é por maiores números de alunos por turma, pois as salas das Escolas de Rede Municipal, citando como exemplo o João Bastos estão trabalhando com 35 alunos por turma no Ensino Fundamental II o que prejudica a capacidade do professor acompanhar seus alunos para uma melhor qualidade do ensino.

Além do mencionado acima está certo de que a SEMEC vai fechar 4 salas na Escola municipal João Bastos no próximo ano (2016), para atender ao IFES, o que é um absurdo, pois a responsabilidade da prefeitura é com a Educação Básica e não com o Ensino Técnico, no meio deste caos anunciado é importante lembrar que os profissionais da educação, alunos, pais e comunidade escolar e cidadãos, sequer foram consultados ou discutiram tal proposta.

O jeito mais democrático de discussão e consenso sobre essa questão seria uma audiência pública, aí sim, escola, comunidade e todos os interessados ficariam satisfeitos.

A comunidade escolar entorno da Escola Municipal João Bastos deveria ser consultada, pois com o fechamento destas 4 salas, será diminuído o número de vagas da escola e na prática muitos alunos passarão a freqüentar escolas mais distantes de suas casas, desconsiderando o fato de que boa parte dessas crianças fazem o percurso casa/escola sozinhas e que tal fato certamente pode provocar o aumento da evasão escolar.

A educação pública francisquense “sangra” e segue agonizando em meio a uma política educacional desrespeitosa, para com os profissionais e alunos já que a mesma tem abandonado o foco em melhorar a qualidade de ensino.

O que se vê é a falta de projeto voltado para uma educação de qualidade. Até agora, o que se nota é uma altitude autoritária, que tem transformado a SEMEC num quartel de onde as decisões vão na contramão de uma educação de qualidade.

Sem mais delongas a verdade é que “Fechar escola ou até mesmo salas de aula é fatalmente o caminho para abrir presídios e consequentemente comprometer seriamente o futuro!

 

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