Justiça do Espírito Santo negou, na segunda-feira (30), o pedido de liberdade provisória aos dois acusados de tentar matar a enfermeira Géssica de Sá em uma festa em Nova Venécia, no Noroeste do estado. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MP-ES) por tentativa de homicídio.
As agressões aconteceram na madrugada de 15 de outubro, um domingo, durante uma confraternização após um jogo. A jovem teve o maxilar quebrado, perdeu três dentes e ficou com diversos hematomas pelo corpo. Os agressores dela estão presos.
O juiz da 2ª Vara Criminal de Nova Venécia, Ivo Nascimento Barbosa, entendeu que não houve nenhuma mudança nos fatos capaz de revogar a prisão preventiva.
O magistrado, ao receber a denúncia, observou que há prova da existência do crime e indícios suficientes da autoria, especialmente por meio dos boletins de ocorrência, declarações prestadas por testemunhas e interrogatórios extrajudiciais dos acusados.
Para o MP-ES, os dois produtores rurais responsáveis pelo crime usaram de meios cruéis e impossibilitaram a defesa da vítima.
O Ministério Público também pediu a manutenção da prisão preventiva dos denunciados e a condenação deles no valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, no montante de 100 salários mínimos para cada denunciado em razão do homicídio tentado.
Cirurgia
A enfermeira Géssica de Sá passou pela primeira cirurgia na última quinta-feira (26).
De acordo com a mãe da enfermeira, a cirurgia durou aproximadamente quatro horas e tudo ocorreu bem.
Entenda o caso
Segundo informações da família, a jovem estava participando de uma confraternização de um time de futebol quando tentou separar a briga de uma amiga com outra mulher.
Dois homens que estavam no local se envolveram na situação e deram tapas, socos, puxões de cabelo e chutes em Géssica. Ela foi socorrida por amigos que estavam próximos e levada para o hospital.
Allender Dona Paixão, de 29 anos, e Braz Veloso Pianissoli, de 24 anos são os suspeitos de agredirem a jovem. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), eles continuam no Centro de Detenção Provisória de São Mateus.
Fonte: G1