Enivaldo: “Oficial de justiça está cego em não me achar.”

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“Oficial de justiça está cego em não me achar.”
“Oficial de justiça está cego em não me achar.”

“Vou fazer uma denúncia à Corregedoria de Justiça contra esse oficial, que disse que não consegue me localizar para me citar. Como é que um oficial não encontra uma pessoa pública, que tem endereço residencial fixo, local de trabalho e está todos os dias diante da população, nas ruas e nos jornais?”

Assim reagiu o deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD) diante da informação de que desde 2012 a 3ª Vara da Fazenda Pública de Vitória não consegue localizá-lo para formalizar sua citação no processo 0029166-02.2006.8.08.0024.

“Sei bem o que está por trás de tudo isso. Nesses dois meses de atuação no parlamento, estou contrariando os interesses de muita gente. Claro que vão tentar levantar denúncias infundadas contra mim, fazer denúncias anônimas falsas e infundadas. Espero que os formadores de opinião do Espírito Santo tenham essa consciência”, disse Enivaldo.

Presidente de duas CPIs impactantes na Assembleia Legislativa, a “CPI da Sonegação” e a “CPI da Máfia dos Guinchos”, Enivaldo ainda preside a Comissão de Rochas Ornamentais, na qual tem denunciado a ação extorsiva de auditores fiscais contra empresários do setor.

“A máfia contra-ataca, mas ninguém vai conseguir me intimidar. Sou um homem destemido, consciente de meu dever como homem público. Os eleitores capixabas não me escolheram deputado estadual para eu me esconder, mas para eu defender a população. E vou em frente. Esse tipo de ação só comprova que estamos no caminho certo e, agora, vamos fundo nas investigações das duas CPIs”, disse Enivaldol

O parlamentar reitera ter interesse em ser citado, tendo em vista que outra decisão judicial já teria pacificado que seu nome sequer constasse na referida ação civil pública de improbidade administrativa.

Escrivão do crime em Barra de São Francisco, antes de entrar para a política, Enivaldo dos Anjos disse conhecer bem os meandros do Judiciário e não deixará passar em branco a negligência em relação à sua pessoa. E foi além:

“Sou a pessoa mais interessada em ser notificada dessa ação de improbidade, que em 2006 procuradores da Assembleia, estimulados por certo deputado, ajuizaram contra mim. Até porque cometeram um tremendo engano: disseram que em 1998 eu participei de julgamento no Tribunal de Contas, mas eu somente me tornei conselheiro em 2000 e me aposentei em 2010”, asseverou.

A ação que tramita na 3ª Vara da Fazenda Pública de Vitória se refere a contas de um ex-secretário de educação. O grupo de conselheiros que julgou tais contas é incluído na investigação de superfaturamento na construção de ginásios esportivos em Escolas Estaduais, entre outras acusações.

Além disso, o parlamentar garante que um processo anterior ao motivado pela Assembleia (movido pelo Ministério Público Federal) foi para o Supremo Tribunal Federal, que reconheceu o equívoco de sua inclusão entre os citados e retirou seu nome dos autos.

“Inexplicavelmente, essa ação continua na Justiça estadual e, agora, dizem que não conseguem me citar. É lógico que existem outros interesses por trás disso. É a tentativa de me amordaçar, mas sou igual a leão bravo: não vão me licenciar”, acentuou.

O curioso nos autos, que somam 12 volumes, é que em junho de 2014 Enivaldo dos Anjos atualizou seu endereço no processo, mas no dia 15 de outubro do mesmo ano continuava entre os não citados.

“Quem sabe agora o oficial me encontre e eu possa, enfim, apresentar minha defesa. Já fui absolvido na ação principal desse caso pelo Supremo Tribunal Federal”, finalizou.

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