Em busca de garantir à população das pequenas localidades do interior as mesmas condições de comunicação das cidades maiores, lideranças comunitárias e políticas se mobilizam e recorrem a seus representantes no Parlamento estadual, mas as reivindicações esbarram no fator econômico: as empresas de telecomunicações somente aceitam instalar torres de telefonia onde seus estudos comprovem viabilidade econômica.
A situação foi constatada pelo deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD), que recebe as demandas da região Noroeste do Estado e é cobrado por outras comunidades sempre que ocorre a entrega de torres na região.
“Se eu pudesse, levaria celular para todo mundo, porque minha visão é de que todas as pessoas deveriam ter acesso a este serviço, mas, infelizmente, o critério das empresas telefônicas é outro. Elas não atuam com função social, mas somente operam onde têm certeza de que terão lucro”, disse o deputado.
Na região Noroeste, a Vivo instalou e colocou em operação torres de celular em Monte Carmelo (Alto Rio Novo), São Geraldo (Mantenópolis) e Joassuba (Ecoporanga) e estão em instalação, com previsão de entrega nas próximas semanas, as torres de Águas Claras (Águia Branca), Prata dos Baianos (Ecoporanga) e Cachoeirinha de Itaúnas (Barra de São Francisco).
Dezenas de pedidos chegaram ao gabinete do deputado Enivaldo dos Anjos desde 2015 e se transformaram em indicações ao Governo.
“As indicações beneficiam todas as regiões do Estado, mas as companhias só atendem o que é de interesse econômico delas, porque não têm visão e nem missão social”, reafirmou Enivaldo.