Um jovem de 26 anos morreu após ser atingido pelo primo durante uma caçada, na madrugada deste sábado (04), na zona rural de Rio Bananal, região Norte do Estado. A vítima é Geyniff Mattedi, que foi atingido nas costas após o primo dele, Gleicimar Câmara, de 23 anos, tropeçar com uma espingarda na mão e atirar acidentalmente.
Eles haviam saído para caçar com mais dois amigos na noite de sexta-feira (03). Como não encontraram nenhum animal para abater, decidiram voltar para suas casas, por volta da meia-noite. Eles começaram a recolher os cachorros que levaram para ajudar na caçada e já estavam no carro quando alguns cães começaram a latir, indicando que havia um bicho no caminho.
Geyniff resolveu ir atrás dos cachorros e chamou Gleicimar para acompanhá-lo. Os outros dois aguardaram no carro. Os primos viram os cães latindo ao redor de um buraco de tatu. A vítima deixou uma espingarda encostada em uma árvore e tentou puxar o animal. Em depoimento, o suspeito contou que o primo se agachou, conseguiu segurar o tatu e pediu a arma.
Gleicimar pegou a espingarda e, quando ia entregar para Geyniff, teria tropeçado e disparado a arma acidentalmente. O primo foi atingido pelo tiro nas costas. O acusado disse em depoimento que entrou em desespero, pediu socorro para os dois amigos que ficaram no carro, mas o local onde estavam ficava em uma distância de 300 metros de mata de difícil acesso.
De acordo com a Polícia Civil (PC), quando os dois amigos conseguiram chegar ao local em que a vítima foi baleada, encontraram Gleicimar tentando reanimar o primo, mas Geyniff já respirava com dificuldade e não conseguia mais falar. Eles pegaram o jovem baleado e voltaram para o carro, mas se perderam na mata e demoraram quase uma hora para chegar no veículo. Eles seguiram para um hospital de Rio Bananal, mas Geyniff já estava morto. O corpo da vítima foi encaminhado para o Serviço Médico Legal (SML) de Linhares.
Após o depoimento na 16ª Delegacia Regional de Linhares para o delegado de plantão, Romel Pio Júnior, Gleicimar foi autuado por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) e porte ilegal de arma de fogo. Por ser um crime com previsão de mais de quatro anos de detenção, o delegado não pode arbitrar fiança. O suspeito foi preso na delegacia, de onde foi transferido para a Penitenciária Regional de Linhares. A Polícia Civil informou que Gleicimar chorou bastante durante seu depoimento.
Já os outros dois homens foram ouvidos e liberados, mas será aberta uma investigação e eles podem ser autuados por porte ilegal de arma de fogo e caça. Apenas uma espingarda foi encontrada pela polícia, que é a arma que disparou contra a vítima.
Fonte: Gazeta Online