As ações da Polícia Federal contra o contrabando de cigarros no Espírito Santo e em todo o país estão deixando os fumantes de Barra de São Francisco sem condições manter o vício. É o que revelou, hoje pela manhã, uma pesquisa feita pelo jornalista Weber Andrade nos bares do centro e bairros como o Irmãos, Fernandes, Campo Novo e Vila Landinha. Cigarros de marcas baratas, como “Gift” e outros simplesmente desapareceram do comércio nos últimos dias.
“Nosso fornecedor de cigarros não aparece há quase um mês, na cidade são poucos os que ainda têm algum estoque de cigarros e, mesmo, assim, só está vendendo o palito (varejo)”, admite um dono de bar no centro, que pediu para não ter seu nome revelado.
Em outro estabelecimento, na Vila Landinha, o proprietário informou que ainda tinha alguns maços de cigarro “do Paraguai”, mas que também está vendendo apenas “palitos” para ver se chega nova carga.
Nos bares que vendem cigarros de marcas brasileiras registradas, o movimento aumentou nos últimos dias. O dono de um destes estabelecimentos, perto da praça Senador Atílio Vivácqua, disse que as vendas de cigarros da Souza Cruz aumentaram 50% nos últimos 15 dias, devido à falta do cigarro estrangeiro na cidade.
Ontem, 10, a Polícia Federal prendeu três pessoas em um comércio na Serra e com elas foram apreendidas mais de mil caixas de cigarros.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas casas dos investigados e em uma empresa do grupo. A Operação foi batizada de “Guifit” pela Polícia Federal.
“Foram feitas buscas em sete lugares para produzir mais provas da vinculação das pessoas que no estado receberiam essa carga. Durante as buscas, em dois locais, nós identificamos mais cigarros contrabandeados”, falou o delegado Márcio Greik.
Caso as mil caixas de cigarros apreendidas fossem legais, o estado teria arrecadado cerca de R$ 4,5 milhões em impostos.
Crime – Em janeiro de 2019, um homem foi preso em flagrante em Marechal Floriano, no Espírito Santo, dirigindo um caminhão carregado com 998 caixas de cigarros da marca Gift, de fabricação estrangeira.
O caminhão tinha placas falsas, o que era feito para dificultar as ações de fiscalização na rodovia e evitar abordagens policiais, segundo a PF.
Esse motorista já tinha sido preso outras duas vezes pelo crime de transportar cigarros contrabandeados.
As investigações apontaram que o homem não agia sozinho e contava com o apoio de um grupo de pessoas e empresas.
Fonte: Weber Andrade com informações de G1 Espírito Santo e ocontestado